Singrando o espaço perene e desolador
segue revoluções copiosas sobre o orbe
mirando o azul das águas e o negro sideral
este engenho humano, o Orbitador
Mira suas polidas e cristalinas lentes
para de Gaia ver suas tristezas e alegrias
calor, ventos e ressacas potentes
e o fumo que se ergue das matas
Gira os cento e oitenta e mira a cauda da Serpente
e galáxias preciosas emergem da escuridão
a curiosidade espraia para vizinhas constelações
e a gloria do Universo é um Sol ardente
As lentes mágicas perseguem e ampliam
esquadrinham a enormidade dessas infinitas potências
maravilham-se nos detalhes da esfera dos homens
e busca mais perto se aproximar do intangível.